Merkel tenta vincular o partido que lidera as pesquisas, o Social-Democrata, à esquerda
Por Octavio Neto
Fonte: g1.globo.com
Em: 07/09/2021
Uma pesquisa de intenção de voto na Alemanha
mostra que o partido de Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU)
caiu para 19%, de acordo com dados da consultoria Forsa.
O principal rival da CDU, o partido Social-Democrata
(SPD) tem 25% das intenções de voto. As eleições gerais acontecem no dia
26 de setembro.
O Partido Verde está em terceiro, com 17%. O Partido
Liberal, chamado de Democratas Livres, tem 13%.
Merkel fez um apelo para que os eleitores apoiem
seu candidato, Armin Laschet nesta terça-feira (7). Para isso, ela
tentou vincular o SPD, que lidera as pesquisas, ao partido da esquerda
tradicional, o Die Linke: "Os cidadãos têm uma escolha em alguns dias: ou
um governo que aceita o apoio do partido (de extrema-esquerda) Linke com
o SPD e os Verdes, ou ao menos não o exclui, ou um governo federal liderado
pela CDU e a CSU com Armin Laschet como chanceler – um governo
federal que leve nosso país ao futuro com moderação", disse Merkel a
parlamentares da câmara baixa do Parlamento. Esse foi, provavelmente, seu
último discurso na casa.
O SPD só conseguiu liderança nas pesquisas no mês
passado. Assim, há uma grande incerteza a respeito da eleição que determinará o
rumo futuro da Alemanha, a maior economia da Europa e seu país mais populoso,
depois de 16 anos da liderança firme de centro-direita de Merkel.
Conservadores tentam vincular SPD à esquerda
Na segunda-feira, o Die Linke se apresentou como
aspirante a parceiro de coalizão ao SPD e aos Verdes.
O candidato a chanceler do SPD, Olaf Scholz, vem se
distanciando do Linke, e diz que o partido é inadequado para um governo
enquanto não se comprometer claramente com a Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan), uma parceria transatlântica com os Estados Unidos e
finanças públicas sólidas.
Merkel disse que Laschet, o seu candidato, lideraria um
governo que defende "estabilidade, confiabilidade, moderação e o
meio-termo – e é exatamente isto que a Alemanha precisa".
Mas a promessa de "constância" de Laschet não
está ecoando em eleitores preocupados com a mudança climática, a imigração
e a pandemia de Covid-19.
Falando depois de Merkel, Scholz disse à câmara
baixa do Parlamento: "Um novo começo é necessário, e espero e estou certo
de que triunfará".
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